terça-feira, 15 de novembro de 2016

A estrela Dalva

Dalva de Oliveira foi considerada a rainha da voz e chamada de O Rouxinol do Brasil. Tinha uma extensão vocal que ia do contralto ao soprano. A minissérie sobre ela omitiu muitos fatos que dariam vários tangos pela dramaticidade e tragédia pessoal que representaram em sua vida. Em meados dos anos 1950, excursionou pela Argentina, apresentando-se na Rádio El Mundo, de Buenos Aires, na qual conheceu Tito Climent, que se tornou seu empresário e depois marido, pai de sua filha. 

Viveu em Buenos Aires só retornando em 1963, mas lá gravou, com sucesso, alguns tangos com a Orquestra de Francisco Canaro, logo editados no Brasil, entre os quais "Lencinho Branco", que foi muitíssimo executado. Fazem parte de sua discografia Os Tangos Mais Famosos na Voz de Dalva de Oliveira (1957), Tangos (1961), Tangos - Volume II (1963) e La romantica Dalva de Oliveira (Argentina) (1966), com tangos e boleros.


Ela tinha a voz, o drama e a emoção à flor da pele. Cantou em Londres na festa de coroação da rainha Elizabeth II.


No dia 30 de agosto de 1972, às 17h15, aos 55 anos, Dalva de Oliveira veio a óbito.


A morte da cantora comoveu o Brasil. Debaixo de uma chuva fria, milhares de pessoas compareceram ao Teatro João Caetano, no centro do Rio de Janeiro, onde o corpo foi velado. 

A vigília durou 17 horas, com uma fila enorme de amigos, familiares, artistas, políticos, todos querendo prestar a última homenagem. Quando o corpo foi retirado do teatro, mais de trinta mil pessoas, aglomeradas na Praça Tiradentes, acenavam os seus lenços.

O cortejo levou duas horas para atravessar a cidade do Rio de Janeiro e chegar ao cemitério Jardim da Saudade. Como Dalva de Oliveira previra, a cidade e o seu povo pararam. Meio milhão de pessoas espalharam-se pelas calçadas dos bairros por onde o cortejo passou para despedir-se.

Com vocês, a Estrela Dalva

https://youtu.be/7oPfTAq4GcA

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