domingo, 23 de outubro de 2016

Villa Urquiza Barrrio de Tango


Jorge Daniel Dispari y Maria Del Carmen Romero de Dispari "La Turca me apresentaram muitas pessoas, através de suas histórias e relatos pessoais. Durante as magistrais aulas, tanto privadas, como grupais, traziam sempre para “bailar” nomes como Gerardo Portalea, José Lemos “Milonguita”,  Miguel Mancini, Turco José Brahemcha, “El carterito” Escalise, “Cacho” Mantegazza e tantos outros.
Desfilam com maestria um estilo, que leva o nome do bairro; Villa Urquiza, um lugar que
fica longe do centro e na zona norte portenha, mas em cujas ruas pisaram Carlos
Gardel e muitos outros ícones como Roberto Goyeneche. Esse bairro inspirou
muitos tangos. Entre eles “Villa Urquiza”:
"....Academia del Gotán
con Gerardo Portalea
que en el tango se florea
dando cátedra al bailar
....pero "Finito" se queda
pa' sacar viruta al piso".

Cada vez que nos reencontramos eles apresentam algo lindo para deleite desta sua aluna.
Eles dominam a arte de fazer o difícil parecer fácil e o fácil parecer difícil.
Pura magia.
O bairro recebeu homenagem de Celedonio Flores, que era vizinho da Sibéria (microrregião de Urquiza), que viveu entre 1919 e 1925, na Rua Donato 2548.
Em Villa Urquiza, morou,, por muitos anos, Enrique Delfino, exímio pianista e compositor de Tangos
inesquecíveis como: Re Fa Si, Milonguita, Griseta, La Copa Del Olvido, Aquel
Tapado de Armiño e muitos outros, chamando a atenção sua vasta atuação no
cinema, como diretor musical, onde figura: La vida és un Tango.
Outro compositor deste bairro, foi Pacífico Victor Lembertucci, que escreveu Alma Criolla, El Espectro
e o primeiro Tango gravado por Gardel, Carne de Cabaret.
Quanto ao estilo de Villa Urquiza, dá-se muita importância à elegância, observando-se a colocação correta
dos pés. Sempre se inicia com a saída com passo lateral, deslizando os pés no nível do solo, sempre juntando ao terminar as figuras. O respeito à ordem da ronda ao bailar no salão é fundamental. No abraço, deve-se obervar o eixo, com a colocação do punho em uma altura não abaixo do ombro, nem acima do queixo do condutor. É necessário o
domínio estrito da musicalidade, com o conhecimento da base, do tempo, da pausa ou silêncio, do doble tiempo, do meio tempo e da sincopa musical, ou na liguagem milonguera, o contra tempo.
É essencial conhecer plenamente a melodia e suas variações, para poder utilizar os giros, com enrosques, agulhas e lápis. Colocar  bem os ganchos, boleios, sacadas, caídas, varridas e uma técnica, muito refinada de punta-punta, taco-taco. Mas, sem nunca esquecer, a correta utilização das corridas e dos sistema paralelo e cruzado, durante as caminhadas, estas as mais elegantes e sempre, mas SEMPRE, fazer luzir a companheira.

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